Ano XXVI - 9 de dezembro de 2024

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ANARQUISMO - TEORIA ANÁRQUICA



GLOSSÁRIO DO COSIFE

FLEXÕES DA PALAVRA ANARQUIA (Revisado em 27-01-2021)

DEFINIÇÕES E EXPLICAÇÕES

SUMÁRIO:

  1. ANARQUISMO - TEORIA ANÁRQUICA
  2. ANARQUISTA - PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS
  3. ANARQUIA - FALTA DE GOVERNO
  4. ANARQUIA ORGANIZADA - OPOSIÇÃO AO RACIONAL BUROCRÁTICO
  5. LIBERTÁRIO, LIBERAL, NEOLIBERAL - ANARQUISTA
  6. MOVIMENTO ANÁRQUICO - OLIGARQUIA ESCRAVOCRATA = EXTREMA-DIREITA
  7. NEOLIBERAIS ANARQUISTAS - DEFENSORES DA TEORIA NEOLIBERAL
  8. ANARQUISMO E VANDALISMO = ANARCOVANDALISMO
  9. ANARCOCAPITALISMO = CAPITALISMO ANÁRQUICO
  10. ANARCOINDIVIDUALISMO OU ANARQUISMO INDIVIDUALISTA
  11. ANARCOSSINDICALISMO = SINDICALISMO ANÁRQUICO
  12. ANARCOCOMUNISMO = COMUNISMO ANÁRQUICO
  13. ANARQUIZAR - VERBO
  14. CONCLUSÃO

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

1. ANARQUISMO

Segundo o Dicionário Aurélio Eletrônico versão 7 (nova ortografia), anarquismo é a teoria política fundada na convicção de que todas as formas de governo interferem injustamente na liberdade individual, e que preconiza a substituição do Estado pela cooperação de grupos [econômicos] associados [organizados como Máfia ou Cartel].

2. ANARQUISTA

Ainda segundo o Dicionário Aurélio, anarquista é a pessoa, grupo de pessoas ou entidade jurídica que oferece resistência ou promove agressão à ordem estabelecida. É a atitude geralmente desenvolvida pelos oposicionistas a governantes eleitos democraticamente pelo voto popular.

3. ANARQUIA

Sobre a palavra anarquia o Dicionário Aurélio oferece as seguintes definições:

  1. Falta de governo ou de outra autoridade capaz de manter o equilíbrio da estrutura política, social, econômica, etc.
  2. Confusão ou desordem gerada por essa situação.
  3. Negação do princípio da autoridade.
  4. Estrutura social em que não se exerce qualquer forma de coação sobre o indivíduo.
  5. Por extensão é a ausência de comando ou de regras em qualquer esfera de atividade ou organização juridicamente constituída ou não.
  6. Qualquer organização, instituição, sociedade, etc., carecente de autoridade e de normas; entre estas podendo ser mencionados o contrato social, a convenção ou o estatuto.
  7. Desordem; confusão; baralhada: Há grande anarquia nas suas ideias.
  8. Desordem, desarrumação, bagunça: Que anarquia fizeram as crianças!
  9. Desmoralização, desrespeito, avacalhação.

4. ANARQUIA ORGANIZADA

Modelo de gestão que se contrapõe ao racional burocrático e em que os objetivos não são definidos de forma clara, já que os interesses em jogo são conflituosos, as escolhas são inconsistentes entre si, os processos e tecnologias não são dominados pelos membros da organização e a participação é fluida e descontínuada.

Os movimentos políticos de extrema-direita geralmente são anárquicos e favoráveis a governantes e demais políticos que defendam a exclusão ou extinção dos direitos sociais dos trabalhadores, tal como vem sendo feito na Europa a partir da Crise Econômica que eclodiu naquele continente a partir de 2011.

Veja em Verdades sobre a Crise Mundial Provocada pelos Neoliberais.

5. LIBERTÁRIO, LIBERAL, NEOLIBERAL

Anarquista é todo aquele que defende a teoria relativa ao anarquismo.

Diz-se da pessoa partidária do anarquismo; libertário, liberal ou neoliberal.

Diz-se, ainda, de pessoa dada à anarquia, à desordem.

Portanto, os Neoliberais Anarquistas são aqueles que defendem o slogan: Se há Governo, sou contra. Querem o máximo Direito de Liberdade Econômica. A facção mais endinheirada diz que não devem ser cobrados tributos dos capitalistas porque o "Capital não têm Pátria" razão pela é feita blindagem fiscal e patrimonial de seus bens, direitos e valores em Paraísos Fiscais, os quais primam pelo sigilo absoluto dos indivíduos e entidades jurídicas que praticam tais irregularidades fiscais e tributárias, segundo a legislação dos países de origem dos bens, direitos e valores que foram blindados (escondidos das autoridades fazendárias e judiciárias).

6. MOVIMENTO ANÁRQUICO

Portanto, o verdadeiro movimento anárquico é o alimentado e defendido pelos anarquistas ou pelas organizações anarquistas.

Os anarquistas detentores do poderio econômico (anarcocapitalistas) geralmente fundam instituições ou organizações clandestinas com a finalidade de derrubar governos que sejam contrários às suas mesquinhas proposições, que quase sempre estão ligadas à mera cede de poder político e econômico.

Esses mencionados movimentos anárquicos de extrema-direita quase sempre têm a intenção ou a finalidade de implantar ou reorganizar um sistema preconceituoso e discriminador com o intuito de eternizar a segregação social entre pobres e ricos, como aquele sistema de castas que os descendentes dos antigos e antiquados nobres tentam eternizar na Índia.

Os idealizadores desses movimentos anárquicos são os eternos descontentes com a abolição da escravatura que tentam perpetuar os descendentes do coronelismo (Partido Feudal), um tipo de regime feudal utilizado no Brasil desde os tempos do império até o final da velha república ou república oligárquica.

7. NEOLIBERAIS ANARQUISTAS

A aplicação dessa teoria denominada como anarquismo vem sendo defendida pelos Neoliberais que implantaram a Globalização dos mercados como forma de os países chamados de hegemônicos (potências mundiais ou países tidos como ricos e desenvolvidos) passassem a controlar os demais países por intermédio de um sistema que foi chamado de neocolonialismo, o qual substituiu o antigo colonialismo político para que fosse adotado o colonialismo econômico.

Os Neoliberais defendem a tese da autorregulação dos mercados pelos detentores do poderio econômico. Foram os principais propagadores do slogan de que o capital não tem pátria.

Com base nessa teoria dizem que os empresários e suas empresas devem ser totalmente isentas de tributação, para que possam gerar empregos. Como não foi possível implantar essa tese da existência de países sem governo, os neoliberais optaram por transferir as empresas de seus patrões para paraísos fiscais, que foram chamados de As Ilhas do Inconfessável.

Tal tese nos leva a um verdadeiro retrocesso histórico aos tempos do feudalismo. Naquela época somente os trabalhadores (os vassalos) pagavam tributos ao senhor feudal (detentor do poderio econômico e bélico). Isto é, os trabalhadores viviam em regime de semiescravidão ou de total escravidão os que não tinham terras, atualmente chamado de "Sem Terras".

Essa é a tese defendida pelos que atualmente querem uma Reforma Trabalhista e Previdenciária de modo que sejam extintos todos os Direitos Sociais dos Trabalhadores. Esta foi a tese defendida pelos três economistas laureados com o Prêmio Nobel em 2010.

8. ANARQUISMO E VANDALISMO

Um leitor do COSIFE, dizendo-se anarquista, escreveu questionando as definições sobre ANARQUISMO aqui colocadas.

Como o referido leitor não abriu o famoso dicionário, afirmou que anarquismo não é o aqui mencionado.

Não deixou claro o que seria, porém, diante do por ele escrito, presumiu-se que defende o anarquismo sob a forma de VANDALISMO ou ANARCOVANDALISMO.

Segundo o dicionário Aurélio, VANDALISMO é a destruição daquilo que, por sua importância tradicional, pela antiguidade ou pela beleza, merece respeito.

Na prática o que os ditos anarquistas veem fazendo é exatamente o mencionado pelo dicionário como vandalismo. Como forma de protesto, os vândalos que se dizem comunistas destroem tudo que encontram pela frente, desde os bens dos endinheirados, principalmente os dos banqueiros, como também o patrimônio privado utilizado pelos menos favorecidos como são os meios de transportes, os pontos de ônibus e ainda os bens de particulares que se caraterizam como mera ostentação de riqueza ou de elevado poder de consumo de bens supérfluos.

Então, a seguir vão as definições dos antigos estudiosos.

9. ANARCOCAPITALISMO

O Wikipédia tem uma definição que é contestada por outros estudiosos dessa ramificação liberal ou neoliberal. Nela lê-se que o Anarcocapitalismo, por vezes designado por "libertarismo anarquista", ou "anarquismo de propriedade privada" ou ainda "anarquismo de livre mercado", é uma versão radical do "liberalismo clássico" e "anarquismo individualista".

Tem como postulado que as formas de governo, principalmente as concepções estatais, são prejudiciais e desnecessárias, especialmente as instituições estatais relacionadas a funções jurídicas e de segurança.

Ainda segundo o Wikipédia, quanto aos assuntos econômicos o anarcocapitalista defende o capitalismo como forma de organização mais eficiente, rejeitando qualquer tipo de controle governamental, impostos ou regulamentos. Considera que a segurança e a justiça são serviços como quaisquer outros, e que um mercado competitivo pode fornecer esses serviços muito melhor do que um governo monopolista.

Diante da premissa de que "a justiça tarda e é falha", podemos acrescentar que em substituição ao Poder Judiciário, ou mais precisamente no sentido de evitar a imensa burocracia existente no Poder Judiciário, foram implantadas as Câmaras de Arbitragem (segundo a Lei 9.307/1996) e nos sindicatos foram implantadas as Comissões de Conciliação Prévia (segundo a Lei 9.958/2000).

Mas, os integrantes do Poder Judiciário colocam a culpa no Poder Legislativo. Entretanto, a mencionada legislação parece que teve a intenção de evitar a inércia do Poder Judiciário.

Em razão desse fatos, os servidores progressistas do Poder Judiciário estão implantando um novo sistema eletrônico ou digital em que todo o processo judicial correrá por meio de sistemas de processamento de dados integrados via a Rede Mundial de Computadores (internet), o que diminuiria em 70% o tempo gasto atualmente pelos conservadores (ou não progressistas).

Graças à intransigência e ao conservadorismo dos ocupantes da parte mais alta da pirâmide hierárquica do Poder Judiciário, os anarcocapitalista conseguiram provar que suas teses são mais eficientes.

Em continuação, no Wikipédia lê-se que os defensores do anarcocapitalismo concebem a sua filosofia política enquanto parte da tradição anarquista, no entanto, diferente de outras vertentes anarquistas, e na perspectiva de muitas destas, os anarcocapitalistas negam a maioria das possíveis formas de dominação existentes no capitalismo e no chamado livre mercado, acreditam que todas as explorações e injustiças são criadas pelo Estado que beneficia seus favoritos.

Como diferença entre anarquismo e anarcocapitalismo, outros colaboradores do Wikipédia dizem que, ao contrário do anarquista, o anarcocapitalista aceita a existência da propriedade privada, do capital e do trabalho assalariado. Em continuação, explicam que a maior parte dos anarquistas considera o capitalismo como uma estrutura contrária aos princípios de igualdade e solidariedade presentes nos fundamentos do anarquismo enquanto filosofia política. Também argumentam que o sistema de trabalho assalariado, em voga no capitalismo, é autoritário e coercitivo por sua natureza, uma vez que faz parte das políticas de distinção de classe entre trabalhadores e empregadores, levadas a cabo por estes últimos.

Por sua vez, o site anarquistas.net, com definição mais ligada ao atualmente ocorrido, menciona que o termo  "anarco-capitalismo / anarco-capitalista / Ancaps", vem sendo utilizado EQUIVOCADAMENTE para tentar associar-se com a tradição anarquista, usando a palavra “anarco” ou chamando-se “anarquistas”. Essas ideias equivocadas estão claramente em desacordo com aqueles associados com o anarquismo. Como resultado, quaisquer alegações de que suas ideias são anarquistas ou que são parte da tradição anarquista ou movimento são falsas. O Fato é que o ”anarcocapitalismo” é uma ideologia que serve aos interesses das classes possuidoras, porque, deste modo, elas eliminariam toda a estrutura conquistada através do poder político das classes trabalhadoras na democracia burguesa atual.

Diante de tal definição, poderíamos dizer que o principal intuito do anarcocapitalismo é o de fomentar uma contundente reforma trabalhista e previdenciária para transformar os trabalhadores em meros escravos, sem quaisquer direitos sociais ou direitos trabalhistas. Disto resultaria a extinção do sindicatos de trabalhadores, tal como defenderam os laureados com o Prêmio Nobel de Economia em 2010.

Na página do Wikipédia dedicada a Murray Rothbard (*02/03/1926 07/01/1995) lê-se que ele foi um economista americano da Escola Austríaca que ajudou a definir o conceito moderno de "Libertarianismo" (que defende a liberdade absoluta). Ele fundou uma vertente do capitalismo baseado no Livre Mercado, denominada "anarcocapitalismo". Utilizou a ênfase da Escola Austríaca na ordem espontânea e condenação do planejamento central (governamental) para chegar a uma conclusão anarcoindividualista.

10. ANARCOINDIVIDUALISMO OU ANARQUISMO INDIVIDUALISTA

Os colaboradores do Wikipédia escreveram que o Anarquismo individualista (ou anarcoindividualismo) é uma tradição filosófica do anarquismo com ênfase no indivíduo e sua vontade, argumentando que cada um é seu próprio mestre, interagindo com os outros através de uma associação voluntária.

Continuam dizendo que o anarquismo individualista refere-se a algumas tradições de pensamento dentro do movimento anarquista que priorizam o indivíduo sobre todo tipo de determinação externa, que ele é um fim em si mesmo e não um meio para uma causa, incluindo grupos, "bem-comum", sociedade, tradições e sistemas ideológicos. Assim, dizem que o anarquismo individualista não é uma filosofia simples, mas que se refere a um conjunto de filosofias individualistas que estão frequentemente em conflito umas com as outras.

Segundo os colaboradores do Wikipédia, as primeiras influências sobre o anarquismo individualista foram os pensamentos de William Godwin e Henry David Thoreau com a temática do transcendentalismo. Por sua vez, Josiah Warren defendeu a soberania individual. Lysander Spooner, Pierre Joseph Proudhon e Benjamin Tucker focando o Mutualismo. Herbert Spencer e Max Stirner basearam-se no egoísmo.

Assim definem que o anarquismo individualista é uma das principais categorias em que se divide o anarquismo, sendo a outra o anarquismo coletivista. Acrescentam que ao contrário do anarquismo comunista, o anarquismo individualista nunca foi um movimento social, mas um fenômeno filosófico e literário. O anarquismo filosófico, isto é, que não defende uma revolução para remover o Estado, "é um componente especial do anarquismo individualista".

No Forum - Jogos - UOL, sobre o anarcoindividualismo foram transcritas frases, definições ou pensamentos escritos pelos autores mencionados. Vejamos:

"Não exijo qualquer direito e, portanto, também não os reconheço. O que puder conquistar pela força, conquistarei e não terei qualquer direito àquilo que não puder conquistar. Se eu for poderoso, terei poderes sobre mim mesmo e não necessitarei qualquer outro tipo de autorização ou direito". (Max Stirner)

"Tomado como antitético do consenso de grupo e da razão do Estado, o indivíduo define-se essencialmente pela objeção. A posição de subversão cessa evidentemente se acontecer de generalizar-se para tornar-se, no final, a norma. Ela muda, nesse momento, de subversiva para estatutária.. Revolução, é virar a ampulheta. Subversão é outra coisa; é quebrá-la, eliminá-la". (Dubuffet)

"O anarquista individualista não é jamais um escravo de uma fórmula ou receita (...) Ele quer viver, quer poder apreciar a vida individualmente, encarar a vida em todas as suas manifestações" (Emile Armand)

"Os vícios são simples erros que um homem comete ao buscar a sua felicidade individual". (Lysander Spooner)

11. ANARCOCOMUNISMO

A realidade é que todos aqueles que praticaram o Anarcovandalismo nas manifestações populares acontecidas no Brasil em 2013 se dizem Anarcocomunistas.

Trata-se de facção surgida na Europa e que se espalhou especialmente pelos países de língua espanhola.

No Wikipédia lê-se que o anarcocomunismo (também chamado comunismo anarquista, comunismo libertário) é uma corrente do anarquismo que advoga pela abolição (extinção) do Estado, do capitalismo, do trabalho assalariado e da propriedade privada (retendo assim a propriedade particular), e pela propriedade comum dos meios de produção [veja faxinal - tradição ucraniana], democracia direta, e uma rede horizontal de associações voluntárias e conselhos operários com a produção e consumo baseadas na máxima: "de cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades".

Os colaboradores do Wikipédia continuam explicando que algumas formas de anarcocomunismo, tais como o anarquismo insurrecionário [insurgente], são fortemente influenciadas pelo egoísmo e pelo individualismo radical. Esses partidários do anarcocomunismo acreditam que é o melhor sistema para a satisfação da liberdade individual. Alguns desses partidários enxergam o anarcocomunismo como uma forma de reconciliar a oposição entre o indivíduo e a sociedade.

A teoria mais confusa fica por conta da seguinte frase dos colaboradores do Wikipédia:  Outros anarcocomunistas (e anarquistas coletivistas também) rejeitam o "individualismo" e "coletivismo" por considerá-los como conceitos ilusórios, argumentando que não pode ser possível um indivíduo sacrificar-se pela sociedade pelo "bem maior" ou ser dominado pela "comunidade" ou "sociedade",  porque a sociedade é composta por indivíduos e não por uma unidade coesa separada do indivíduo, de tal forma que o controle coletivo sobre o indivíduo é tirânico e antianarquista.

12. ANARCOSSINDICALISMO

Ainda segundo o Dicionário Aurélio, pode ser definido como ANARCOSSINDICALISMO a forma de sindicalismo revolucionário que prega a dissolução do Estado e que é consequência da entrada, em massa, de anarquistas no movimento sindical.

13. ANARQUIZAR

Sobre a palavra anarquizar o Dicionário Aurélio oferece as seguintes definições:

  1. Tornar anárquico.
  2. Incitar à desordem; sublevar: Tentou anarquizar o povo com suas ideias extremadas.
  3. Pôr em desordem, em confusão; desordenar: Saiu depois de anarquizar toda a casa.
  4. Pôr em ridículo; desmoralizar: Usa do seu espírito crítico para anarquizar os outros. Verbo pronominal.
  5. Tornar-se anárquico; virar uma anarquia: Depois de tantos golpes de Estado e de tanta corrupção, o país anarquizou-se.

14. CONCLUSÃO

Já que existe na África um país denominado "Burkina Faso" que, no idioma tribal local, significa "Terra dos Homens Honestos", também poderia existir a "Terra dos Trabalhadores Anarquistas".

Mas, esta última não seria realmente anarquista porque teria um governo por meio dos sindicatos e das centrais sindicais. Seria uma República Sindicalista, obviamente sem patrões. Ou melhor, os sindicalistas seriam os patrões (governantes ou administradores).

Se até os Sindicatos precisam ter um líder, dirigentes e centrais sindicais para integrá-los e assim convocar e controlar a massa trabalhadora para agir como um todo, obviamente seria impossível a existência de um País, Nação politicamente organizada, sem governo.

Para acabar com as organizações sindicais de trabalhadores, os anarcocapitalistas defendem a volta da escravidão, que seria imposta a todos os trabalhadores, sejam eles brancos (europeus), amarelos (asiáticos), "peles-vermelhas" (norte-americanos), índios, pardos e morenos (brasileiros) ou negros (africanos).

Para que os trabalhadores fossem transformados em escravos, bastaria que fossem pobres e pouco ou não aculturados, ou seja, todos trabalhadores deveriam ser menos favorecidos, porque estes são os mais facilmente escravizáveis e manipuláveis no momento do voto.

Porém, os anarcovandalistas defendem a manutenção dos direitos trabalhistas conquistados. Para isso, precisam combater os poderosos capitalistas opressores, que agem como os antigos senhores feudais e como os coronéis dos tempos do Brasil Império, agora representados por seus imutáveis herdeiros, preconceituosos e discriminadores.

De outro lado, as comunas, as comunidades ou os condomínios, assim como as cooperativas e associações de trabalhadores que produzam em prol da coletividade também precisam ter um comando. Não conseguiriam progredir sem governo, sem um dirigente, gerente ou síndico, enfim, sem contabilidade, que é uma das formas de controle, gerenciamento, administração, governo.

Quando a produção serve somente a determinada coletividade, sem o objetivo de concorrência para venda a outrem, não há necessidade da contabilidade de custos. Algo ou tudo deve ser feito em prol dessa coletividade, "custe o que custar", "a qualquer preço". Essa é a teoria utilizada nos faxinais, tradição ucraniana ainda praticada em cidades dos Estados da Região Sul do Brasil.

Uma forma de produção coletiva, semelhante a do Faxinal, enquadra-se na filosofia dos faraós no antigo Egito, mesmo no momento em que o egoísmo ou ou fanatismo religioso determinavam a construção de monumentos, como as pirâmides, que em nada ou quase nada resultavam em benefício da coletividade.

Até no Regime Feudal havia governo administrado pelo Senhor Feudal. A união de diversos senhores feudais a um mais forte, gerou as monarquias, os sultanatos, os emirados, os impérios, entre outras denominações de regimes totalitários, com seus palácios monumentais e festanças, com a óbvia escravização do povo.

O mesmo acontece nos Regimes Parlamentaristas porque as elites oligárquicas, em todos os países que o adotaram, continuam no poder em razão do seu poderio econômico que proporciona o fácil acesso aos meios de comunicação. Estes (imprensa falada, escrita e televisada, no Brasil também são pertencentes à elite) são utilizados como entidades manipuladoras da opinião pública.

Por meio desses meios de comunicação as elites se manifestam para defender apenas os seus mesquinhos interesses e para combater somente os criminosos que estejam ameaçando seu patrimônio e suas liberdades individuais.

As populações dos guetos, das favelas ou comunidades das periferias ou dos subúrbios das grandes cidades são totalmente desprezados.

Para que o povão não vote, o voto deixa de ser obrigatório. Nessa impossibilidade, os anarcocapitalistas passam a propagar o voto nulo ou em branco que será praticado somente por aqueles eleitores que poderiam modificar o "status quo", se fizessem questão de votar.

Tal como aconteceu no Brasil durante o Regime Militar iniciado em 1964, no Regime Parlamentarista a elite política, econômica e intelectual permite apenas a existência de dois partidos políticos, tal como acontece nos Estados Unidos e aconteceu durante a República Oligárquica e o Regime Militar no Brasil. Tais partidos políticos elitistas se incumbem de impedir a entrada dos verdadeiros representantes do povo como candidatos a cargos eletivos.

Assim como não existem empresas sem dono (ou donos associados), também não existem organizações de quaisquer tipos sem dirigentes.

Pelo menos agora os verdadeiros países não têm um dono como acontecia no passado. Agora grande parte dos países têm governantes que podem ser eleitos pelo povo. Por isso é mais importante ensinar a votar. O problema é que isto geralmente é ensinado ao povo pelos detentores do poderio econômico através dos citados meios de comunicação.

Em todos os tipos de organizações é preciso existir um governo, um sistema de controle de valores (contabilidade), um líder, alguém que tome conta do patrimônio comum, ou que tenha a ideia ou um ideal para convocar pessoas a se organizarem com determinada finalidade, seja ela qual for.

Até para se agendar um encontro entre duas pessoas é preciso uma definição, um acordo, um consenso, por fim, um gerenciamento.

O mesmo deve acontecer com as organizações (virtuais = online, ou não) que pregam o anarquismo sob suas diversas formas. Alguém ou um grupo de pessoas estará governando todas essas ações.

O interessante é que existem muitas definições diferentes, porém, os ditos anarquistas não querem aceitar a do COSIFE nem as definições de todos os demais estudiosos do tema. Todos querem criar a sua própria definição.

O COSIFE  tem o mesmo direito de ser diferente, já que todos os anarquistas concordam que deva prevalecer o anarquismo.







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