Ano XXV - 26 de abril de 2024

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LOBISTAS DO GRANDE CAPITAL AUMENTARAM A TAXA DE JUROS


LOBISTAS DO GRANDE CAPITAL AUMENTARAM A TAXA DE JUROS

ELES E SEUS PATRÕES FORAM OS GRANDES VITORIOSOS

São Paulo, 20/04/2013 (Revisado em 22-03-2024)

Referências: A Teoria Econômica que só beneficia os Poderosos.

QUE NÃO SEJA MAIS UMA CONSTRUÇÃO INTERROMPIDA, MAS FOI

OS LOBISTAS DO GRANDE CAPITAL E SEUS PATRÕES FORAM OS GRANDES VITORIOSOS

O POVO BRASILEIRO FOI O GRANDE DERROTADO

Por José Paulo Vieira, servidor do Banco Central no departamento de fiscalização do mercado financeiro e de capitais (apelidado de DESUP - Departamento de Supervisão Bancária), diretor do Sinal/SP - Publicado pelo SINAL - Sindicato dos Funcionários do Banco Central - em Boletim distribuído em 15/04/2013. Texto editado, com anotações em azul por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE.

Esta semana o Copom do Bacen se reúne para definir a taxa de juros. Trata-se de decisão da maior relevância, especialmente porque se dá em contexto econômico complicado, e sob um verdadeiro massacre ‘midiático[dos mercenários da mídia, Lobistas do Grande Capital].

Consideramos que o controle da inflação foi uma conquista da sociedade brasileira, a ser defendida. Em 14 anos de vigência do “Sistema de Metas para a Inflação”, em apenas três anos a meta não foi cumprida (2001, 2002 e 2003). Duas vezes durante o Governo FHC e uma vez ainda sob a influência maléfica daquele. Desde então, não houve falha: 2012 consagra o 9º ano consecutivo de atendimento à meta de inflação.

Trata-se de uma longa construção, reforçada pela postura de verdadeira independência do Bacen [antes alinhado aos interesses mesquinhos dos detentores do Poderio Econômico, contrário aos interesses nacionais, isto é, contrário ao povo]. Marcadamente, desde a última reunião de 2010, [quando Meireles foi defenestrado], o Copom adotou medidas macroprudenciais, elevações de depósitos compulsórios e exigências de reserva de capital. Esta diversificação dos instrumentos foi uma grande inovação, pois para o mercado [digo, para os Lobistas a serviço do "Grande Capital"] seria mais simples avaliar apenas mudanças na taxa básica de juros. [Foi o que disse Delfim Neto em texto, acima endereçado, publicado por este COSIFE]. Além disso o Bacen, balizado pelo bom senso [e pelas determinações do governo e da pressão popular], definiu uma convergência mais suave da inflação para a meta, pois seriam demasiados os custos de buscar o centro da meta ainda em 2011, como desejavam os ‘lobbistas’ do juro alto.

Os servidores do Bacen [aqueles que se apresentam no COPOM] têm trabalhado incessantemente no refinamento dos Relatórios de Inflação trimestrais e nos Relatórios de Estabilidade Financeira, os quais embasaram meticulosamente a marcante decisão de 31.8.2011 que deu início à redução dos juros para os atuais patamares [sempre sob grande pressão governamental, contrária a dos Lobistas]. Também constatamos melhorias nos mercados financeiros e de capitais, graças aos superávits primários consistentes e à redução da dívida pública (relativamente ao PIB). A economia brasileira hoje apresenta sólidos indicadores de solvência e de liquidez e baixos prêmios de risco [contrariamente ao que acontecia durante o Governo FHC], que também são conquistas [dos governantes atuais] com elevado grau de perenidade.

Evidente que, face aos ciclos econômicos, é normal ocorrerem reversões conjunturais. A atual resistência da inflação decorre:

I - estruturalmente, dos anos de crescimento econômico com forte ampliação da demanda (consumo), que hoje se refletem em alguns estrangulamentos da oferta [porque o empresariado direitista, em oposição ao governo, não quer produzir o necessário para satisfazer o aumento da demanda popular, o que gera inevitável inflação]; e

II -  conjunturalmente, de pressões localizadas de custos como os relativos à alimentação [razão pela qual a presidenta Dilma Russeff deu uma bronca nos controladores do CARTEL de supermercados].

Por conseguinte é primordial, hoje, o estímulo à ampliação dos investimentos na oferta [de produtos de consumo popular] e na infraestrutura de seu escoamento. Exatamente o contrário do que se conseguirá com a subida dos juros, que aumentará os custos de produção (custo de capital e financeiro) e bloqueará o aumento da oferta.

O ataque à produção e aos salários é vocalizado [por extremistas de direita], por exemplo, pelo economista-chefe e sócio do Itau-Unibanco (coincidentemente um ex-dirigente do BCB durante o Governo FHC), que recomenda: “reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho (OESP, 5.3.2013, p.A02). Apesar da fraqueza da ‘atividade econômica’ [provocada pelo empresariado aliado aos partidos de oposição ao governo federal] que teima em “não engatar a 1ª marcha” o 'sr.mercado' jura: "o ‘PIB’ ainda não está suficientemente fraco...".

Depois, contrariamente a si mesmos, eles dizem na imprensa que o governo federal é gestor de um "pibinho" (insignificante PIB, que não cresce como o dos demais países que pagam baixas taxas de juros).

Cabe-nos indagar: qual seria o nível de PIB suficientemente fraco? E o adequado? Quais os estudos empíricos, técnicos ou acadêmicos que o determinam? Há consenso? Quando a FIESP, a FCESP e os sindicatos reclamam que os juros estão altos, são taxados de “políticos”. Os que reclamam o contrário não o são? Vamos combinar então: os que defendem os ganhos dos rentistas são sempre técnicos [ESCRAVOCRATAS]; os que defendem a produção e os assalariados são políticos [SINDICALISTAS]...

Não estamos propondo teses radicais (que nunca foram as nossas) contra qualquer aumento da taxa de juros. Mas não podemos deixar de constatar, sempre que surge este debate, a existência de radicais [de extrema-direita] do outro lado do “front”: especialistas que estão sempre a postos para defender a alta dos juros, escudados por argumentos lapidares e pela única opinião correta, científica e profissional; de posse de tal ciência [parcial, sempre contrária aos trabalhadores], decretam que qualquer outro parecer é amador, não científico, não profissional ou, pior, contaminado pela política [dos sindicalistas (nacionalistas), porque agem em defesa da Nação trabalhadora e assim mexem com os polpudos bolsos dos detentores do Poderio Econômico].

Estes especialistas têm (sempre) tanta convicção que os juros devem aumentar que desatam a atacar, também, qualquer postura que se mostre ponderada, cautelosa ou que se busque pautar pelo bom senso, como a defendida por alguns economistas – e que vem sendo adotada pelo Banco Central [depois da saída de Meireles].

A receita destes [falsos] especialistas [defensores dos interesses mesquinhos do "Grande Capital"] é sempre a mesma, fazer o que sempre foi feito para tornar o país campeão da pobreza e da desigualdade. Esta chaga social teve grande contribuição destes despojados ‘cientistas’ [da era PSDB]; eles sempre tiveram a resposta pronta na ponta da língua --até porque a resposta é sempre a mesma: “juros de todo o mundo, ‘subi-vos’!”.

Como a sabedoria popular ensina que até um relógio parado acaba ‘dando a hora certa’ (duas vezes ao dia!), talvez os sábios ‘juristas’ acertem desta vez e o Copom aumente os juros – para debelar o acirramento das expectativas inflacionárias, frise-se, que estes sábios insistentemente atiçaram.

É claro que a inflação está sendo artificialmente provocada pelos oposicionistas ao governo central, numa desesperada tentativa de confundir a opinião pública, porque estão interessados em enganar os eleitores, para que Dilma não seja reeleita ou para que não retorne ao governo aquele simples torneiro mecânico que desmantelou os partidos políticos da coligação liderada pelo falso sociólogo.

Conclamamos o Bacen a persistir na efetiva independência [da influência maligna dos LOBISTAS e MERCENÁRIOS DA MÍDIA contratados pelos detentores do Poderio Econômico] – também do sistema financeiro – e a não interromper a construção ponderada e competente dos últimos anos.

OS LOBISTAS DO GRANDE CAPITAL E SEUS PATRÕES FORAM OS GRANDES VITORIOSOS

O POVO BRASILEIRO FOI O GRANDE DERROTADO

Atendendo aos convincentes acenos dos LOBISTAS e dos MERCENÁRIOS DA MÍDIA sustentados pelo "Grande Capital", o COPOM, para satisfazer os caprichos desses infelizes endinheirados que ganham muito sem nada fazer em prol da nossa Nação, resolveu aumentar a taxa de juros.

Desse modo, o dinheiro para pagamento dos juros maiores será retirado dos impostos que são pagos pelo Povo. Assim, esse pobre povo ficará ainda mais pobre para que capitalistas escravocratas fiquem mais ricos. Haverá menos dinheiro para ser aplicado pelo governo na melhoria da qualidade de vida da nossa sofrida população.

Obviamente, a baixa qualidade de vida é a grande causadora da criminalidade. Sendo assim, a classe média trabalhadora, e também a empresária, será a maior prejudicada porque é a classe social que anda pelas ruas e avenidas para ser assaltada.

Se o aumento da taxa de juros fosse importante para resolver os problemas das Nações, os países desenvolvidos estariam pagando juros em porcentuais bem superiores aos pagos pelo Brasil.

Todos sabem que as populações com o "muito elevado IDH" daqueles países são bem mais consumistas que o sofrido povo brasileiro. Mesmo assim, os índices de inflação e as taxas de juros daqueles países sempre foram menores que a inflação e os juros enfrentados pelos brasileiros.

Sem levar em conta esses detalhes importantíssimos, aquela "meia dúzia" de sete ou oito pessoas que decidem sozinhas os destinos da Nação brasileira, a despeito da existência de um governo, são inconsequentes anarquistas que prestaram um grande desserviço a todos os brasileiros.







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