Ano XXV - 24 de abril de 2024

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O FANTASMA DA INFLAÇÃO NOVAMENTE


O FANTASMA DA INFLAÇÃO NOVAMENTE

DEFENDENDO OS INTERESSES MESQUINHOS DOS CAPITALISTAS

São Paulo, 03/12/2009 (Revisto em 08/01/2011)

Inflação, Racionamento de Alimentos e Bens de Consumo Populares, Aumento da Taxas de Juros, Desfalque nos Cofres Públicos, Ano Eleitoral, Eleições. Especulação, Ciranda Financeira, Segregação Social, Preconceito, Discriminação. Os Consultores Econômicos e suas Balelas. Gastos Públicos. Os Lobistas e as Campanhas para Elevação das Taxas de Juros com o Apoio dos Mercenários da Mídia. Manipulação da Opinião Pública. A Oposição de Extrema-Direita e o Estelionato Eleitoral. Complexo de Vira-latas, Desfalque nos Cofres Públicos. Fraudes. Restituição ou Devolução dos Tributos Pagos pelos Detentores do Poder Econômico. Carga Tributária, Impostos. No Brasil, Juros Altos Sempre Foram Sinônimo de Altas Taxas de Inflação.

Por Americo G Parada Fº - Contador CRC-RJ 19750

OS CONSULTORES ECONÔMICOS E SUAS BALELAS

Os consultores econômicos brasileiros, sempre que o governante não é o adorado por seus patrões, prevêem catástrofes econômicas e administrativas. É o que vem acontecendo no Brasil desde a eleição de Lula em 2002 e principalmente depois da quebra dos Estados Unidos da América no final de 2008. Por isso, os consultores econômicos estão a ocupar significativo espaço no Jornal da Globo, com comentários de Carlos Alberto Sardemberg.

Tais consultores de "meia-tijela" (sem valor, sem importância; ordinário, insignificante, medíocre, vulgar; de meia-pataca) sempre estiveram a alertar sobre os problemas que acontecerão em razão da política econômica adotada pelo torneiro mecânico sindicalista. Tais comentários depreciativos, de forma irresponsável também faziam durante os governos anteriores, razão pela qual os planos econômicos nunca vingavam.

Em 2009 chegaram a dizer que o Brasil era inviável e que seria impossível crescer durante o ano eleitoral de 2010. Pois é, no ano de 2010 o Brasil teve crescimento recorde e 2,5 milhões de empregos foram gerados.

Em 2009 os consultores econômicos diziam que a inflação voltaria se o Brasil continuasse a crescer. Continuou em 2010 e a inflação não voltou.

Coitados! Eles não sabem o que dizem.

PERSEGUIÇÃO AOS POBRES - SEGREGAÇÃO SOCIAL

Não satisfeitos com as gafes de outrora e apostando na memória curta dos brasileiros, os falsos consultores voltaram a repetir aquelas velhas e ultrapassadas frases sem lógica: se o Brasil crescer, a inflação voltará; se algo for feito em benefício do povo, para que saia da miséria, a inflação voltará; se for aumentado o salário-mínimo e os salários dos operários e dos aposentados, a inflação voltará; se for aumentado o nível de emprego, aumentará o consumo e a inflação voltará.

Segundo os infelizes consultores (infelizes porque felizmente "sempre erram", como disse Defim Netto no programa Canal Livre da Band), o Brasil é o único país no mundo que não pode crescer, nem desenvolver. Segundo os tais infelizes, até a pesquisa científica e tecnológica gera inflação, se for processada no Brasil. Por isso preferem importar o que foi pesquisado e patenteado no exterior, gerando emprego e tecnologia por aquelas bandas, nunca no Brasil. Entretanto, muitos dos pesquisadores que estão trabalhando no exterior, ou no Brasil para estrangeiros, são brasileiros que não andam por aí falando besteiras.

COMPLEXO DE VIRA-LATAS

Na realidade, os consultores econômicos brasileiros são as principais vitimas daquele fatídico (sinistro, trágico) "Complexo de Vira-latas" tão apregoado na década de 1960 pelo dramaturgo, escritor e cronista Nelson Rodrigues. É justamente esse "Complexo de Vira-latas" que torna os nossos infelizes consultores em incompetentes e inconsequentes figuras.

QUEM AINDA ACREDITA NESSAS BALELAS DITAS PELOS CONSULTORES?

Na verdade toda essa trama, com inconsequentes declarações, é engendrada por seus patrões para que os gestores de nossa política econômica tenham alguma justificativa para aumentarem a taxa de juros que o governo pagará a eles (os detentores do poder econômico). O dinheiro para pagamento dos juros, o governo tirará do povo para entregar àquelas 10 mil pessoas mais endinheiradas, que são as principais investidoras em títulos públicos emitidos pelo governo brasileiro (80% dos títulos emitidos foram adquiridos por essas dez mil pessoas).

Então, em defesa dos interesses mesquinhos desses capitalistas (patrões), em razão da polpuda remuneração recebida, os agora felizes consultores afirmam que deve ser aumentada a taxa de juros para que não haja inflação. Mas, todos eles sabem muito bem que as altas taxas de juros sempre foram as causadoras dos altos índices de inflação amargados pelo Brasil. Na verdade, dizem somente o que são regiamente pagos para dizer. Por isso não se preocupam com as vexaminosas balelas que sempre repetem.

Veja o texto intitulado Custo Brasil = Direitos dos Trabalhadores

RESTITUIÇÃO DOS TRIBUTOS PAGOS PELOS DETENTORES DO PODER ECONÔMICO

Todos devem lembrar que as elevadas taxas de juros (com inflação igual a zero) praticadas durante o governo FHC foram utilizadas como forma de devolver (restituir) aos capitalistas e aos grandes empresários os impostos pagos por suas empresas. Pelo mesmo motivo as empresas estatais foram "vendidas a preço de banana", as quais não podiam ser compradas pelo povo. Só podiam ser compradas por grupos econômicos previamente escolhidos pelo governo, como se tudo não passasse de uma "ação entre amigos" (deles mesmos).

O mesmo aconteceu na Rússia depois da derrubada do regime comunista. Aconteceram as privatizações das empresas estatais e o loteamento dos países-membros  da antiga URSS entre poucos mafiosos (cerca de 70 famílias). Pelo mesmo motivo, no Brasil houve o Golpe Militar de 1964 solicitado e incentivado pela "Marcha da Sociedade Civil Contra o Comunismo".

PERPETUANDO A SEGREGAÇÃO SOCIAL

Na verdade os capitalistas e os grandes empresários querem que os juros subam não somente para ganhar mais e terem os seus impostos devolvidos, como também, para que sejam escasseadas as verbas que seriam aplicadas em benefício do povo (da nação). É uma das formas veladas de se promover ou manter a segregação social, a semi-escravidão do proletariado (camada social formada de indivíduos que se caracterizam por sua qualidade permanente de assalariados de baixa renda e por seus modos de vida, atitudes e reações decorrentes de tal situação - Dicionário Aurélio).

Para perpetuação dessa segregação social , os endinheirados consultores têm dito que a demanda no comércio está muito alta e que a indústria não está conseguindo produzir o suficiente; não está conseguindo satisfazer a demanda (procura por bens de consumo).

Na verdade os industriais não estão querendo produzir para consumo do povo porque isto significa gerar mais emprego, significa diminuir a segregação social (reduzir a pobreza e a consequente criminalidade nos guetos das periferias ou dos subúrbios). Eles não querem que o povo trabalhe; não querem que o povo progrida e que assim tenha melhores condições de sobrevivência.

Veja o texto intitulado Custo Brasil = Direitos dos Trabalhadores

NO BRASIL, JUROS ALTOS SEMPRE FORAM SINÔNIMO DE ALTA INFLAÇÃO

Essa prática danosa para o povo brasileiro, com a cumplicidade dos bem remunerados consultores, aconteceu nas décadas de 1970 até 1990, as "décadas perdidas" em que os juros sempre foram altos e a inflação também.

RACIONAMENTO DE ALIMENTOS E BENS DE CONSUMO POPULAR

Quem era adulto naquelas "décadas perdidas", ou seja, o idoso de hoje sabe muito bem que tudo era racionado para que o povo não pudesse comprar. A lógica inversa: os supermercados abriam suas portas para não vender. Era uma das formas de aumentar a procura de bens de consumo para justificar o aumento da inflação. E as indústrias se recusavam a produzir.

Muitos devem lembrar que era preciso pagar ágio para comprar um "carro popular" e ainda havia fila para receber o veículo, que era entregue 3 meses depois de pago. O povo só podia comprar por intermédio de consórcios porque o financiamento não podia ser feito com prazo superior a 24 meses. Disto se aproveitavam os estelionatários, que constituíam empresas administradoras de consórcios para roubar o dinheiro do povão mediante a falência fraudulenta da empresa administradora. O mesmo aconteceu com as Companhias de Crédito Imobiliário que captavam dinheiro através da caderneta de poupança, onde só povão investia.

Os supermercados impediam que os consumidores comprassem mais de 3 unidades de cada produto e muitas outras coisas eram feitas para impedir que o povo consumisse. Aliás, em 2009 uma rede de supermercados populares voltou a racionar a compra de certos produtos. Ligeiro golpe contra a manifestação do torneiro mecânico sindicalista, que mandou o povo comprar para que não perdesse o emprego. Segundo Delfim Netto: heresia econômica que deu certo.

OS CATASTRÓFICOS PLANOS ECONÔMICOS E A ECONOMIA INFORMAL

Aliás, para que dê certo, é preciso fazer diferente do que reza a arcaica cartilha em que estão escritas as teorias econômicas.

Foi em razão dos constantes racionamentos promovidos pelos catastróficos planos econômicos dos neoliberais que surgiu a grandiosa economia informal existente no Brasil. Com ela cresceu a pirataria e aumentou o contrabando através do Paraguai. Esta foi a reação do povo, auxiliado pelos contraventores, em contraposição àqueles que o impediam de consumir.

Veja o texto intitulado A Economia Informal e a Autorregulação dos Mercados.

O QUE ACONTECERÁ SE OS JUROS PAGOS PELO GOVERNO FOREM AUMENTADOS?

Tal como já aconteceu no passado, se forem aumentados os juros, os grandes empresários deixarão de investir na produção para investir na especulação, na "ciranda financeira". É mais fácil ganhar dinheiro especulando que produzindo. Só os consultores econômicos mercenários não sabem disso. Coitadinhos, sempre estão desinformados. Vivem no mundo da lua, como diziam nossos avós. São eternos nefelibatas (pessoas que vivem nas nuvens, com ideias ou sonhos pretenciosos, impossíveis de serem aplicados na prática).

Assim, podemos dizer que a economia é a ciência dos sonhos e dos pesadelos. O consultor econômico conta para todos os seus sonhos econômicos e pouco tempo depois tem o pesadelo de ver que tudo deu errado.

VÍDEOS - DOCUMENTAÇÃO DAS BALELAS

Veja dois vídeos de parte do Jornal da Globo dos dias 29/06/2009 e 02/12/2009, em que o comentarista Carlos Alberto Sardenberg fala primeiramente sobre a inviabilidade do Brasil e depois sobre os bons números da economia brasileira.

Na segunda manifestação, seis meses depois da primeira, ele afirmou que a recuperação da economia brasileira é forte graças ao consumo e aos investimentos (governamentais). Mas acreditava que os juros ião crescer em 2010.

A propalada previsão de juros altos, cantada em versos e prosas pelos consultores econômicos, automaticamente faz com os especuladores das Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros passem a apostar na elevação da inflação futura, o que gera mais assunto para ser discutido nos meios de comunicação, vulgarmente chamados de "mídia".

OS MERCENÁRIOS DA MÍDIA E A MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA

Traduzindo: os capitalistas pagaram para os consultores econômicos dizerem que os juros devem ser aumentados para que possa ser contida a inflação. Mas, na realidade o aumento das taxas de juros apenas beneficiará os mesquinhos capitalistas em detrimento do povo que perderá investimentos em educação, saúde e saneamento básico.

29/06/2009 - O Brasil é Inviável - Segundo Carlos Alberto Sardenberg

CONSPIRAÇÃO ORTODOXA

"O jornalista econômico, Carlos Alberto Sardenberg, no Jornal da Globo do dia 29.06.2009, mostra os números do governo Lula e chega a conclusão de que as finanças do Brasil são absolutamente inviáveis. Crescimento absurdo dos gastos públicos, inchaço da máquina pública com contratações e aparelhamento da burocracia brasileira, irresponsabilidade financeira, etc. Ou seja, o governo Lula é absolutamente irresponsável", escreveu em 30/06/2009 o internauta do Youtube que se identifica como "orthodoxconspiracy"

Mais uma vez apostando na memória curta dos brasileiros, agora não podendo contrariar a verdade dos fatos, na segunda apresentação, a seguir, Sardemberg fala dos bons números da economia brasileira.

A comparação do que foi dito no video acima com o que foi dito no vídeo abaixo, permite-nos saber o quanto os comentaristas econômicos realmente entendem de economia ou o quão mercenários são.

02/12/2009 - Carlos Alberto Sardenberg fala sobre os bons números da economia brasileira

REDUÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS

Depois da privatização das empresas estatais, não mais são contratados trabalhadores por concursos público. Isto significa que o povão agora não pode candidatar-se a emprego nessas antigas estatais. Nelas, agora só existem vagas para apadrinhados.

Então, para impedir que o governo continue contratando trabalhadores, os bem-aventurados consultores (que sempre defendem os interesses mesquinhos dos capitalistas) dizem que devem ser reduzidos os Gastos Públicos, principalmente aqueles que beneficiam o povo. Mas, não dizem que a elevação da Taxa de Juros paga pelo governo também significa aumento dos Gastos Públicos.

Naturalmente os consultores consideram que esse Gasto Público com o pagamento de juros aos seus patrões (os bilionários) pode ser aumentado porque não é destinado ao povo, que tendo o dinheiro em seu benefício vai consumir no mercado interno e, assim, gerar inflação (preconceito e discriminação = segregação social). O gasto público com os juros, destinado àqueles 10 mil detentores do poderio econômico, será usado apenas para importar bens supérfluos, portanto, sem gerar emprego e sem gerar inflação. O dinheiro dos juros também será usado para financiar as campanhas políticas e publicitárias (corrompendo a mídia) contra esse mesmo governo que tem a obrigação de agir em benefício do povo.

Veja o texto intitulado Queremos a Redução dos Gastos Públicos.

CONCLUSÃO

A campanha iniciada no final de 2009 para que fosse aumentada a taxa de juros paga pelo governo é mero golpe dos beneficiados pelos juros, que o utilizarão para financiamento da campanha política de 2010 dos opositores a esse mesmo governo que pagará os altos juros, obviamente, como no passado, gerando altas taxas de inflação.

Isto significa que a mencionada campanha visa, como resultado final, aplicar um verdadeiro DESFALQUE NOS COFRES PÚBLICOS, para que o governo não tenha dinheiro para gastar em benefício do povo.

NOVO GOLPE DOS CANSADOS DE DERROTAS

Por Americo G Parada Fº em 10/01/2010

Segundo pessoas consultadas pelo site do COSIFe, principalmente no Rio de Janeiro os supermercados estão desabastecidos. Na primeira semana de 2011 era perfeitamente perceptível que as gôndolas estavam vazias (não reabastecidas).

Enquanto pagava a conta no Caixa do supermercado o freguês perguntou  à funcionária: Aquele ali é o gerente? Ela respondeu: é.

Então, o freguês perguntou ao gerente: Por que as gôndolas estão quase vazias? O gerente respondeu: Os  fornecedores não estão entregando nada.

O freguês exclamou: - Ihhh! A elite industrial quer derrubar a Dilma, gerando inflação! O Gerente do Supermercado, uma das redes mais importantes do Rio de Janeiro, comentou: Pior que é isso mesmo que eles querem!

Mais uma vez foi possível perceber que as grandes empresas industriais brasileiras parecem forçar a volta da inflação, tal como aconteceu no final do Governo FHC e no início do Governo Lula.

Diminuindo a oferta de produtos populares, obviamente a maior procura forçará o aumento de preços e assim novamente enfrentaremos o Fantasma da Inflação. Isto é, os grandes empresários estão deixando de investir na produção para investir na ciranda financeira depois que for aumentada a taxa de juros, pretendida pelo novo presidente do Banco Central escolhido pela Presidenta Dilma Russeff. Foi o que ele declarou ao ser empossado na nova função.

No final da noite de domingo (09/01/2011), no Canal Livre da TV Bandeirantes, o embaixador e ex-Ministro da Fazenda Rubens Ricupero (do Governo Itamar Franco até setembro de 1994, durante a implantação do Plano Real), também fez apologia ao retorno da Inflação. Embora os países da Zona do Euro tenham enfrentado uma inflação, em média, pouco superior a 2% em 2010, Ricupero diz que a inflação brasileira, próxima dos 6% no ano de 2010, é catastrófica. Talvez seja se for alimentada pelos detentores do Poderio Econômico. Mas, se não for aumentada a taxa de juros paga pelo Governo e, ao contrário, for diminuída, os maiores prejudicados serão os empresários que provocaram o aumento da inflação.

No Brasil a inflação mais alta também tem acontecido por culpa dos exportadores. Como sempre ocorreu, quando os preços no mercado externo sobem, os exportadores brasileiros também aumentam os preços no mercado interno, sem que tenha acontecido elevação de seus custos de produção. Ou seja, mesmo sem terem aumentado os salários de seus funcionários no Brasil, os exportadores querem cobrar mais do povo brasileiro. Esta é uma das formas de impedir que o povo brasileiro possa consumir. É assim que os preconceituosos e discriminadores pretendem impedir que a população possa melhorar as suas condições de sobrevivência. Isto é sinônimo de Segregação Social.

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