2022 SERÁ UM ANO INATIVO = SEM DINHEIRO = MISERÁVEL
EXPECTATIVAS PARA 2022, O ANO DE 90 DIAS
São Paulo, 26/12/2021 (Revisada em 16/03/2024)
EXPECTATIVAS PARA 2022, O ANO DE 90 DIAS
Publicado por Antônio Machado no jornal Estado de Minas em 26/12/2021. Texto indicado por Vicente Fialkovski, com a edição do texto original para colocação de subtítulos, anotações e destaques em negrito por Américo G Parada - Contador - Coordenador do COSIFE
1. 2022 SERÁ UM ANO INATIVO = SEM DINHEIRO = MISERÁVEL [Subtítulo do COSIFE]
Para efeitos práticos, 2022 terá 90 dias, contados a partir do dia seguinte às eleições gerais de 2 de outubro de 2022. Até lá, nada relevante deverá ser proposto ou aprovado pelo governo e pelo Congresso.
A aprovação no dia 21/12/2021 da LOA, a lei do orçamento federal de gastos [Investimentos no Desenvolvimento Nacional] e receitas para 2022, marcou o início do recesso parlamentar até 1º de fevereiro [de 2022]. Depois, tudo será pautado pelas campanhas eleitorais, como demonstra o teor eleitoreiro do orçamento capenga aprovado [pelo Congresso Nacional].
2. MELHOR PARA O BRASIL SERIA UM PARLAMENTO INERTE [Subtítulo do COSIFE]
Melhor que seja assim, um parlamento ausente [inerte], para reduzir o risco de que decisões mal pensadas compliquem o desastre já semeado. Não se sabe o que sairá das urnas. Sabe-se, porém, que será muito curto o prazo para os novos governantes reverem as temeridades aprovadas nos últimos meses e recomporem a administração pública desmontada desde 2019 na saúde, na educação, no planejamento que jamais houve, no controle ambiental, e acharem o caminho para o desenvolvimento.
3. A DESTRUIÇÃO DEIXADA PELA EXTREMA DIREITA GOLPISTA [Subtítulo do COSIFE]
A prioridade do programa do novo governo e de sua base de apoio no Congresso, ou vice-versa, se mantido o semiparlamentarismo vigente (e essa é uma das definições necessárias, talvez a principal), será consertar a razia legada. Trata-se de ação mais de bastidor, já que o marketing eleitoral não contempla discussões substantivas.
4. 90 DIAS É O PRAZO QUE O ELEITO TERÁ PARA DECIDIR O QUE FAZER [Subtítulo do COSIFE]
Um semestre, se tanto, é o prazo para as definições e decisões - e encaminhando o que der nos 90 dias pós-eleições. Não haverá margem para experimentos: a década será de disrupções tecnológicas que já estão anunciadas (tipo carro elétrico, banco sem agência, ordens de pagamento em tempo real, digitalização universal de CPF e CNPJ, a ascensão das energias limpas em detrimento dos combustíveis fósseis etc). Conhecimento é o ativo mais valioso no presente do futuro.
Tais transformações são impulsionadas pela inteligência artificial por cujo domínio China e EUA se opõem, abrindo uma nova guerra fria que vai nos exigir a inteligência estratégica deserdada no campo da diplomacia. Reaver o 'interesse nacional' é peça determinante.
5. A INDIGÊNCIA INTELECTUAL DA NOSSA ELITES VIRA-LATA [Subtítulo do COSIFE]
Esse resumo do que estará em jogo nas eleições parece assustador, considerando-se a indigência intelectual das elites políticas, mas também insinua a oportunidade única de expiarmos as causas de nosso atraso. Sem introspecção, uma catarse, continuaremos o autoengano.
Se perdermos tempo com distrações e polêmicas, adiando decisões, os reacionários vão reorganizar-se para travar mudanças que firam seus privilégios. Não falta o que corrigir, reformar e reinventar.
7. DESEMPREGO: A RECESSÃO GERADA POR SONEGADORES DE TRIBUTOS [Subtítulo do COSIFE]
Nove anos de orçamento empilhando déficits primários decorrentes de gastos correntes já firmaram um retrocesso severo na indústria e serviços, as principais fontes de dinamismo do produto interno do país (leia-se: PIB), portanto, do potencial de empregos e de renda compatíveis com a autonomia das famílias, sem exigir expandir o que está exaurido, entre carga tributária e emissão de dívida para bancá-lo - o Auxílio Brasil, codinome bolsonarista para o eficiente Bolsa Família, e outros programas sociais.
8. MICHEL TEMER CONDENOU O BRASIL A 20 ANOS DE RECESSÃO [Subtítulo do COSIFE]
Parte da fragilidade orçamentária vem do crescimento estagnado, de 1% ao ano desde a recessão de 2015/16. Esse obstáculo é circular. O Estado disfuncional barra os investimentos privados e públicos, sem os quais a economia não cresce quanto deveria, murcha e envelhece.
9. HÁ VERBAS PARA JUROS E NÃO HÁ PARA O PROGRESSO NACIONAL [Subtítulo do COSIFE]
O investimento público na LOA de 2022 será, por exemplo, o menor da história - R$ 44 bilhões, menos de 0, 5% do PIB. Não repõe sequer a depreciação dos ativos. Deveria ser, por baixo, de 2, 3% do PIB, na conta da Abdib, e isso por 10 a 20 anos seguidos.
10. O MITO DA MAIORIA POLÍTICA
O orçamento sinaliza PIB estagnado. Foi um dos mais marretados dos últimos anos, com beiço de precatórios, pedalada do indexador do teto de gastos e sinalização de exaustão de um sistema viciado.
11. O DESFALQUE NO ORÇAMENTO NACIONAL [Subtítulo do COSIFE]
Tais distorções podem ser sanadas com boa vontade. Mas como achá-la com as tais 'emendas do relator', e de fato dos chefões da Câmara e do Senado, para aliciar apoio a eles e ao presidente de turno distribuindo dinheiro público ao parlamentar sem publicidade e à margem dos indicadores sociais das regiões atendidas?
Pode ser legal, mas é ilegítima votação no Congresso por maiorias arrendadas com dinheiros sociais da população. Essa distorção será a primeira a entrar na linha de tiro dos novos governantes. Hoje, ela atende aos interesses do presidente e cupinchas, servindo para afastar o risco de seu impeachment. E amanhã atenderá a quem?
12. A FATÍDICA EMENDA CONSTITUCIONAL DO TETO DE GASTOS [Subtítulo do COSIFE]
O dispositivo constitucional que congelou o total de gastos ao que fora realizado em 2016, corrigido apenas pela inflação, é outro que dificilmente será mantido, o que não significa deixar sem critérios as despesas de custeio da máquina federal. Mas não dá para manter o investimento público como variável de ajuste de desempenho fiscal.
Governo e Congresso modelados pelas urnas terão a obrigação não só com promessas curto prazistas, mas com a terraplenagem do terreno em que passará a unidade do país nos termos do mundo novo em evolução.
A visão dos candidatos não deve preocupar. Caso as tenham comme il faut, só revelarão fragmentos para não serem incompreendidos. O abre-alas do futuro promissor depende de coesão social, partindo de quem mais perde, embora poucos entendam a causalidade, com o Brasil arcaico que aprisiona o desenvolvimento - o empresariado nacional.
14. UM MINISTRO QUE SE DECLARA SONEGADOR DE TRIBUTOS [Subtítulo do COSIFE]
Uma aliança entre o empresariado que se veja mais empreendedor que financista com a inteligência da burocracia pública, que é maior do que supõe o neoliberalismo tacanho do ministro contumaz em insultar o funcionalismo, e políticos bem-intencionados (que também existem) é mais relevante que coalizão de partidos para vencer eleição.
15. CNI CAUSOU O DESEMPREGO GERADOR DA INADIMPLÊNCIA [Subtítulo do COSIFE]
A nova direção da Fiesp, presidida pelo industrial Josué Gomes da Silva, assume em janeiro com um time de empresários, executivos e intelectuais que pensam sem travas mentais. As diretrizes iniciais contemplam a educação de base e a profissionalizante tecnológica, apoio à digitalização maciça dos negócios, à produtividade, às novas iniciativas, à emergência climática, e olhar atento ao mundo, entre outras estratégias.
16. OS PROBLEMAS A SEREM CAUSADOS PELO INDUSTRIA 4.0
Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE
Com quase 15 milhões de desempregados e com mais de 60 milhões de inadimplentes, causadores da insolvência do Sistema Financeiro Brasileiro, torna-se praticamente impossível o crescimento do Brasil com a predominante miséria dos excluídos.
É preciso criar emprego para esses EXCLUÍDOS. É preciso que o Governo efetue Programas de Desenvolvimento da Infraestrutura em que haja grande utilização de mão de obra, inclusive com a interiorização da população para que seja evitada a expansão das favelas nas grandes cidades.
Desde a antiguidade verifica-se que o mundo de fato progrediu com a criação de empregos. Não resta dúvida de que os trabalhadores sempre foram os enriquecedores de seus patrões. Com o sistema escravocrata, não há consumo porque os escravos não compram (não consomem, comem os restos produzidos pela nossa elite vira-lata).
Somente com EMPREGO existe PRODUÇÃO e com a remuneração dos trabalhadores passa a existir o CONSUMO gerador da Arrecadação Tributária. Só assim haverá PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO.
Com a robotização pretendida pelo INDUSTRIA 4.0 (Quarta Revolução Industrial), o DESEMPREGO será maior, com a extinção dos OPERÁRIOS.
Portanto, em tese, o CONSUMO POPULAR será menor, assim inviabilizando os ALTOS CUSTOS OPERACIONAIS com implantação do INDÚSTRIA 4.0 que visa a produção em larga escala, geradora da PRODUTIVIDADE. Esse sistema robotizado só será viável em países que tenham a diminuição (o declínio) de suas populações como, por exemplo, os países europeus.
Os ALTOS CUSTOS OPERACIONAIS já estão sendo verificados nos Edifícios Monumentais, o que também vem acorrendo nos Condomínios Fechados, assim como, no uso de mansões, jatinhos, helicópteros, carros luxuosos, iates e iates-clubes, clubes de golfe, eventos, festanças, entre outros sonhos de consumo da extrema direita escravocrata. Entretanto, esse gastos nababescos também geram empregos, mesmo que temporários. Porém, o POVÃO não alcança esse tipo de trabalho por falta de educação básica, saneamento básico e profissionalização (qualificação técnica).
Portanto, torna-se temerária a AUTOMAÇÃO DE TUDO no Brasil e em países asiáticos. Imagine quanta gente ficará sem emprego no Japão, na China, na Coreia do Sul e em Taiwan.
Veja também: Os Culpados pela Falta de Mão de Obra Qualificada - O Sistema "S" de Ensino Profissionalizante - publicado em 05/10/2012 - R$ 11 Bilhões em Jogo Todo Ano