Ano XXV - 28 de março de 2024

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OS BEM-AVENTURADOS DESEJOS DOS CONSUMIDORES


OS BEM-AVENTURADOS DESEJOS DOS CONSUMIDORES

PROPAGANDA E MARKETING

São Paulo, 21 de setembro de 2008.

O site MSN - Seu Dinheiro publicou artigo do site InfoMoney com o resultado de pesquisa efetuada para saber a opinião e o real comportamento dos consumidores nas diversas classes sociais. Ou seja, foi estudado o que os consumidores consideram como bem-aventurança (grande felicidade, a glória) ao conseguir comprar alguns dos que considera como objetos do prazer ou da plena satisfação material.

O estudo sobre as preferências dos consumidores foi considerado inovador porque foi efetuado de forma diferente da normalmente utilizada. O articulista assim o descreveu:

O estudo foi feito de maneira inusitada: os participantes foram convidados a fotografar imagens daquilo que eles mesmos consideram esteticamente bonito, tanto com relação aos produtos consumidos, quanto às marcas ou lugares que desejam freqüentar”.

Como manchete (chamada para o texto) foi escrito que as “Classes C, D e E consideram bonito aquilo que se pode comprar”, explicando que a “pesquisa aponta que as classes mais pobres preferem o que podem consumir, e não o que é considerado padrão".

Leia outras partes do texto transcritas a seguir com comentários de Américo Parada:

"Bonito é aquilo que eu posso pagar". “É assim que as classes C, D e E, base da pirâmide social, pensam sobre os produtos que desejam consumir, segundo pesquisa feita pela consultoria A Ponte. Para as classes de menor renda, interessa mais aquilo que está próximo de sua realidade”.

A primeira constatação da pesquisa é que essas classes [sociais mais pobres] não desejam estar submetidas aos padrões de consumo e imagem impostos pela sociedade, principalmente através da cultura de massa. Esta primeira observação dialoga de forma positiva o que foi dito do Brasil em matéria produzida pela revista britânica The Economist".

Quando o articulista do MSN menciona a palavra SOCIEDADE (aqui sublinhada no parágrafo anterior) talvez esteja se referindo à chamada Sociedade Civil definida em outras palavras pelo ex-ministro Bresser Pereira como sendo aquela que tem disponibilidades financeiras suficientes para ter acesso privilegiado aos meios de comunicação, vulgarmente chamados de MÍDIA. Sobre a sociedade civil, o escrito por Bresser Pereira e comentado por Elio Gaspari veja no texto do COSIFE denominado “A Pesada Carga Tributária” especialmente o tópico intitulado “Os Problemas Causados pela Sociedade Civil”.

O articulista do MSN - Seu Dinheiro escreve ainda que “segundo a reportagem [do InfoMoney], na mídia, sobretudo nas novelas, a imagem transmitida, e que serve de guia para o consumo [da classe média] é a de "pessoas brancas, bem vestidas, servidas por empregados, morando em lugares onde o verão parece ser perpétuo". A pesquisa da consultoria A Ponte mostra que esse padrão é bem distante das classes mais baixas, e que estas reivindicam, por exemplo, a maior participação dos negros na TV e no cinema”.

Quanto ao consumo, a pesquisa aponta que há uma sobreposição entre o que é atrativo e a possibilidade de consumo. O que é muito caro, muito distante, não é amplamente reconhecido como bonito” pelas classes sociais mais pobres.

Muitas das fotografias [obtidas pelos pesquisados ou participantes do estudo] remetiam a marcas populares, ou a lojas de varejo em que os produtos podem ser comprados em longos crediários, com parcelas acessíveis ao bolso destes consumidores” das classes mais pobres.

Segundo o articulista do MSN - Seu dinheiro, “de acordo com André Torretta, um dos publicitários responsáveis pela pesquisa, [nas classes mais pobres] não há preocupação quanto aos juros, ou o tempo do financiamento”, quando mencionou: "Para estas classes, o preço do produto é o preço da parcela, não importa o tempo que levará para pagar". “O [citado] publicitário explica que a noção de juros é relativa para eles”, declarando: "Antes do acesso ao crédito, os empréstimos que faziam eram informais. Pagar juros para o agiota que mora no mesmo bairro é muito mais caro que pagar as prestações de um produto, portanto, para as classes mais baixas, a situação melhorou".

Continuando, o articulista do MSN - Seu Dinheiro diz que, “segundo Torretta, a falta de informações sobre educação financeira que a maioria tem impossibilita pensar em cálculo de juros compostos, comparação entre pagamento à vista e parcelado, dentre outras noções”.

As imagens que os membros das classes C, D e E consideram mais bonitas, tanto no centro, quanto na periferia, são relacionadas principalmente ao consumo”. Com base nesse fato, segundo o articulista do MSN, o publicitário Torretta declarou: "Isso demonstra felicidade e um deslumbramento por entrar no mercado, podendo consumir".

O Articulista do MSN afirmou também que o publicitário Torretta “destaca que as próprias vendas para essas classes [mais pobres] visam sua inclusão na sociedade de consumo”, quando declarou: "As vendas para a CLASSE MÉDIA geralmente são de exclusão, personalização”.

O declarado nos leva a entender que o indivíduo da Classe Média geralmente está mais interessado em se mostrar superior ao seu semelhante do que propriamente usufruir o bem adquirido. Ao comprar um caro novo é como comprar uma jóia, que é o principal símbolo de ostentação (supremacia). É como comprar uma antiguidade ou obra de arte que nunca será realmente usada, será apenas exibida (ostentada - mostrada com aparato, com pompa, com alardeio).

Segundo o texto ora comentado, o indivíduo de Classe Média geralmente diz: 'Eu quero ter o que mais ninguém tem'. Este “é o princípio” básico.

Os casos crônicos e delirantes dessa vontade doentia de se mostrar superior são chamados de MEGALOMANIA que é a “mania de grandeza”, a “superestima patológica de si mesmo, das próprias qualidades” (macromania), segundo nos explica o Dicionário Aurélio. PATOLOGIA é o “ramo da medicina que se ocupa da natureza e das modificações estruturais e/ou funcionais produzidas por doença no organismo.

Segundo o articulista do MSN, finalizando Torretta explica: “Já para a base da pirâmide [onde estão as classes sociais mais pobres], ocorre justamente o contrário, ... esses consumidores [querem garantir para si] o que todos os outros já têm”.

Leia mais no site no site do INFOMONEY por sugestão do MSN - Seu Dinheiro:







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