Ano XXV - 24 de abril de 2024

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COMO OS MAIS RICOS APROVEITAM-SE DA FORÇA DE TRABALHO

O SISTEMA FINANCEIRO LEVA NOSSA ECONOMIA PARA O BURACO

APESAR DA INTERNET, AINDA EXISTE MUITA GENTE DESINFORMADA

São Paulo, 30/06/2015 (Revisada em 20-02-2024)

COMO OS MAIS RICOS APROVEITAM-SE DA FORÇA DE TRABALHO

1. FORÇA DE TRABALHO - CAPITAL É TRABALHO E SALÁRIO NÃO É RENDA

O autor do texto em questão publicado por Carta Maior começa perguntando ao leitor:

Quando foi a sua última aula sobre dinheiro?

A maior parcela dos leitores diria que nunca teve uma aula sobre dinheiro. Pelo menos uma aula em que de fato tenha aprendido algo diferente do que é praticado no dia a dia.

Os trabalhadores, por exemplo, apenas praticam o simples recebimento do dinheiro (fruto da sua "Força de Trabalho"), utilizando-o para pagar o necessário à sobrevivência.

Força de Trabalho, conforme está explicado no texto Salário Não É Renda, seria tudo aquilo que o indivíduo poderia produzir mediante as suas aptidões ou habilidades físicas, técnicas, científicas ou intelectuais. O Custo da Força de Trabalho seria o pagamento de Salário pelo Empregador (Patrão).

Para que o empreendedor (o patrão) tenha lucro é preciso que o indivíduo venda sua "Força de Trabalho" por preço menor que o seu patrão conseguiria na venda do que foi produzido pela sua Força de Trabalho.

Dessa lógica surge a terceirização da mão de obra. Ou seja, nos dias de hoje a Força de Trabalho foi transformada em mercadoria de baixo custo, com alto poder de produzir renda para o empresário capitalista, dito empreendedor.

Por sua vez, os especuladores do mercado de capitais optaram pela financeirização. Esta acontece quando o investidor deixa de ser empreendedor para ser apenas rentista.

2. QUAL A FUNÇÃO DOS BANCOS CENTRAIS?

Ainda existe muita gente estudada que não consegue entender qual seria a principal função dos Bancos Centrais. Uns acham que somente fiscaliza os bancos ou que é o "caixa dos bancos" ou é o "banco dos bancos".  Entretanto, nos meios de comunicação ouve-se que os Bancos Centrais têm a função de combater a inflação mediante à melhor remuneração do capital aplicado em Títulos Públicos pelos rentistas.

Na verdade, o combate à inflação só poderia ser efetuado mediante a fiscalização de toda a cadeia de empresas produtoras de bens de consumo popular, sabendo-se que o consumido pelo povão é sempre o mais afetado pela inflação. E, esse aumento dos preços ao consumidor tem acontecido sem o efetivo aumento do preço das matérias-primas e sem o aumento dos salários.

Todos sabem que os salários são sempre reajustados em relação à inflação passada. Então, o empresariado novamente aumenta os preços a serem pagos pelos trabalhadores. É um tipo de Trabalho Escravo que não vem sendo combatido pelo Ministério do Trabalho tal como vem sendo combatido aquele praticado principalmente no interior brasileiro.

No Brasil, o que se tem observado na prática é que índice de inflação sempre aumenta na mesma proporção das taxas de juros fixadas pelo COPOM, Isto acontece desde que foi criado no Governo FHC.

3. A INEFICIÊNCIA DAS REGRAS DE SUPERVISÃO BANCÁRIA

Mesmo com a diuturna (porém, ineficiente) fiscalização dos Bancos Centrais, de vez em quando um banco quebra ou quebram todos eles de uma só vez (Risco Sistêmico), porque o setor bancário está entrelaçado com as demais pessoas jurídicas (e pessoas físicas) que se utilizam do sistema financeiro nacional e internacional.

Então, mediante o pagamento de tributos, o Povo sempre assume os prejuízos causados pelos banqueiros. Os governantes de todos os países apressam-se a salvar os banqueiros da falência. Exceto na Islândia.

Por que se menciona o Povo? Porque as pessoas jurídicas e seus sócios ou acionistas são as pessoas que menos pagam tributos. Logo, o Povo fica obrigado a efetuar o pagamento da conta deixada pelas empresas falidas, sejam elas privadas ou públicas

Diante desse quadro de incertezas monetárias (provocado pelos rentistas - banqueiro e demais capitalistas), que de repente pode se tornar caótico para economia de modo geral, o Banco Central seria o melhor órgão de controle de todo esse sistema financeiro, se de fato agisse em benefício da Nação e não em benefício dos detentores do Grande Capital, tal como vêm fazendo o Banco Central do Brasil e o Banco Central Europeu.

Assim sendo, se a fiscalização é de fato eficiente, por que os bancos sempre quebram?

Porque os banqueiros preferem arriscar o dinheiro de seus clientes na imensa jogatina que se processa diariamente no anarquista sistema financeiro neoliberal globalizado.

4. OS ESTUDANTES DAS TEORIAS SOBRE O DINHEIRO

Aulas sobre dinheiro só teve quem estudou economia, que atualmente se baseia em dogmas imutáveis. Poderíamos acrescentar que também tiveram aula sobre investimento de dinheiro os estudantes da matemática financeira e os contadores e demais profissionais que se especializaram no gerenciamento dos Fluxos de Caixa, que neste COSIFE é chamado de Contabilidade Financeira.

Muitos já ouviram falar que a principal função dos bancos centrais é a de supervisionar os fluxos da moeda e do crédito. A entidade jurídica estatal antecessora do Banco Central do Brasil tinha a denominação de SUMOC - Superintendência da Moeda e do Crédito.

Assim sendo, a moeda circulante (metálica ou em papel) ou o "dinheiro de plástico" com tarjas magnéticas ou chips [cartões de crédito e de débito = moedas escriturais] são utilizados para compra do que os indivíduos e as entidades jurídicas possam produzir e vender.

Os artesãos estão em decadência. Eles geralmente não têm contas bancárias. Mas, existem pessoas e organizações que os querem reviver, principalmente nas regiões ou localidades em que o Povo é mais carente.

5. COMO AGEM OS CAPITALISTAS COLECIONADORES DE DINHEIRO VIRTUAL

Diante da complexidade do estudo das teorias (altamente discutíveis) sobre a utilização do dinheiro nos dias de hoje, talvez seja mais fácil explicar como os agentes do sistema financeiro fazem para tirar o dinheiro do bolso dos trabalhadores (consumidores) por intermédio da produção, do comércio, dos serviços e também dos juros bancários.

Para complicar mais ainda o entendimento sobre a utilização do dinheiro, de vez em quando os gestores de nossas políticas econômicas e monetárias, em defesa dos interesses mesquinhos dos rentistas, inventam novas palavras como forma de criar codificações ou expressões idiomáticas indecifráveis pelos cidadãos comuns. É uma forma de impedir que os cidadãos comuns saibam o que estão fazendo com tanto dinheiro escritural colecionado pelos magnatas incógnitos em paraísos fiscais.

Rentista é a nova denominação dada aos capitalistas e especuladores que ganham dinheiro sem nada produzir.

Diante da Crise Mundial provocada pelos neoliberais defensores da globalização e da autorregulação dos mercados, a palavra da moda é a financeirização.

PRÓXIMO TEXTO: O QUE É FINANCEIRIZAÇÃO?



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