Ano XXV - 19 de março de 2024

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O ALTO SALÁRIO DO TRABALHADOR NORTE-AMERICANO


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OS ESTADOS UNIDOS E A CONVERSÃO DA SUA DÍVIDA

A EXTINÇÃO DO SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL

São Paulo, 28/03/2009 (Revisado em 20-02-2024)

Referências: Contabilidade de Custos, Competitividade com mão de obra em regime de semiescravidão, Crise Mundial, Estados Unidos como Emissor Mundial de Papel Moeda Sem Lastro, Fraudes Contábeis e Financeiras das Multinacionais, Internacionalização do Capital em Paraísos Fiscais, Lavagem de Dinheiro e Ocultações de Bens, Valores e Direitos, Conversão da Dívida, Evasão de Divisas, Estatização, Balanço de Pagamentos, Comércio Exterior - Importação e Exportação.

8. O ALTO SALÁRIO DO TRABALHADOR NORTE-AMERICANO

Por Américo G Parada Fº - Contador - Coordenador do COSIFE

Em complementação ao texto da página anterior, é importante destacar o que mais influenciou para que ocorressem as conflitantes alterações sofridas pela economia mundial.

A partir da extinção do padrão-ouro o que inegavelmente influenciou o fluxo das exportações de manufaturados foi o alto salário recebido pelo trabalhador nativo nos países desenvolvidos ou, inversamente, o baixo salário do trabalhador dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Esse fato nos ajudou a perceber que o excesso de consumo não é o causador da inflação, porque naqueles países em que o consumo é excessivamente elevado, e os salários também são muito altos, não existe inflação ou, quando existe, ela é insignificante. Só os economistas ortodoxos não conseguem entender essa lógica. Por isso tem sido considerados arcaicos (conservadores, não progressistas).

Aliás, sobre esse tema, diversos textos obtidos na internet foram republicados neste COSIFE. O mais importante deles para ser o que comenta o lançamento de um livro escrito por um catedrático da Universidade de Toulouse, da França. Veja no texto denominado Produtividade e Rentabilidade.

Portanto, para que haja a redução do salário médio nos Estado Unidos, segundo os unânimes gestores da Política Monetária brasileira, é preciso gerar uma grande massa de desempregados que depois aceitem trabalhar com salário menor em substituição àqueles que ainda estejam ganhando salários elevados.

Foi essa política econômica suicida de provocar artificialmente o desemprego a utilizada durante os oito anos do governo FHC  para que fosse evitada a inflação mediante a redução do consumo interno e para evitar crescente reivindicação de aumentos salariais pelos trabalhadores através dos seus sindicatos. Com o alto índice de desemprego, obviamente os sindicatos ficaram automaticamente enfraquecidos, pois não havia o que reivindicar.

O que mais contribuiu para o desemprego no Brasil foi a paridade (igualdade de valor) entre o dólar e o real. Essa paridade artificiosa foi sustentada até 2002 mediante a venda incontrolável de dólares para os responsáveis pela lavagem de dinheiro obtido na informalidade, o que  incentivou as importações pelas classes sociais de alto padrão, desestimulando, assim, as exportações por falta de competitividade em preços no mercado internacional, o que causou o desemprego em massa.

Para fazer justiça, poderíamos dizer que em razão da falta de lastro do dólar, inversamente ao que acontece com a nossa moeda (o real) a partir de 2005, quando passou a ter lastro em reservas monetárias, a igualdade de valor entre o Real e o Dólar é verdadeira, também naquela época em que as duas moedas não tinham lastro.

Porém, essa igualdade não se faz presente nas exportações e importações porque as matérias-primas produzidas pelos neocolonizados são sempre cotadas internacionalmente por valores inferiores aos seus respectivos custos de produção. Em contrapartida, os preços dos produtos industrializados pelos países desenvolvidos são sempre bem maiores que o de idêntico item fabricados nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A diferença básica está no salário dos trabalhadores, já explicado acima.

O certo é: a família norte-americana de tenha a soma de proventos mensais por volta de US$ 10 mil tem o mesmo padrão de vida de um família que no Brasil tenha proventos no total de R$ 10 mil.

Isto significaria que os gestores de nossa política econômica da década de 1990 tinham razão em igualar o valor do dólar ao valor do real. O mesmo foi feito em planos econômicos anteriores.

Contudo, torna-se irreal essa igualdade de valor quando se pensa na exportação e importação.

Com a igualdade de valor entre o dólar e o real, a nossa Elite Vira-Lata a importar bem supérfluos de alto padrão enquanto os empresários exportadores foram obrigados a fechar suas fábricas e a demitir funcionários para que não fossem à falência. Isto significa que os custos de produção dos bens ou matérias-primas exportáveis eram superior aos preços cotados no exterior em dólares. Logo, se o preço de venda é inferior ao custo de produção, o resultado é negativo (prejuízo). Então, se os prejuízos forem constantes o resultado final é a falência.

Assim está acontecendo com o Japão. Como os salários são altos, as exportações são subsidiadas pelo governo com emissão de papel moeda. Como resultado das exportações de produtos industrializados é maior que as importações de matérias-primas, o Japão tem significativa quantidade de reservas monetárias; cerca de um trilhão e 200 bilhões de dólares. Mas, é preciso tirar dinheiro de circulação vendendo títulos para os empresários e trabalhadores garantirem a sua aposentadoria, porque  não há sistema previdenciário. Assim sendo, a Dívida Interna do Japão alcança o montante de pouco mais de duas vezes o seu PIB - Produto Interno Bruto (Dívida Interna superior a US$ 8 trilhões). A sorte japonesa é que os paulatinos resgates serão efetuados apenas pelos trabalhadores que não mais conseguirem emprego. Mas, os novos trabalhadores também passam a comprar títulos para garantir as suas respectivas aposentadorias.

Mesmo pagando juros de 1% ao ano, o Japão (em montante) paga muito mais juros que o Brasil e os Estados Unidos paga mais que o dobro do Japão.

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