Ano XXV - 18 de abril de 2024

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DINHEIRO DE PLÁSTICO

ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO E DE DÉBITO

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS - DINHEIRO DE PLÁSTICO

São Paulo, 13/08/2007 (Revisado em 21-02-2024)

  1. DINHEIRO DE PLÁSTICO SUPERA USO DO CHEQUE - Fonte: Febraban 17/05/2001
  2. DINHEIRO DE PLÁSTICO É A FORMA DE PAGAMENTO PREFERIDA PELO BRASILEIRO - Fonte: IBOPE 20/05/2005
  3. DINHEIRO DE PLÁSTICO PODE AJUDAR MPES A VENDER MAIS - Fonte: Sebrae-SP 30/04/2006

Veja também:

1. DINHEIRO DE PLÁSTICO SUPERA USO DO CHEQUE

Publicado pelo Jornal Gazeta Mercantil - Fonte: Febraban

São Paulo, 17 de maio de 2001 - O mercado de cartões entra em sua fase de amadurecimento. Depois da explosão da base verificada após o Plano Real, o meio de pagamento eletrônico se consolida e ameaça o uso do tradicional cheque. Segundo estudo da Credicard S.A., que analisou o comportamento de 19 milhões de usuários de cartão no País, os pagamentos com o plástico representam 29% do total das despesas mensais realizadas pelos portadores, perdendo apenas para o dinheiro, com 39%. Cheque responde por 18% do total.

A Federação do Comércio de São Paulo (Fcesp) também apontou crescimento do uso do cartão de crédito na região metropolitana de São Paulo, ganhando espaço do cheque. De acordo com a Fcesp, 27,7% das compras feitas em março deste ano foram pagas com cartão. Em abril de 2000, esse índice havia sido de 14,6%. No mesmo período, o uso do cheque pré-datado caiu de 35,4% para 26,5%.

Um dos desafios agora é tornar o cartão um efetivo instrumento de crédito. Isso porque no Brasil só 25% dos portadores usam o crédito rotativo do cartão. A maioria paga a fatura à vista. Culpa ainda dos juros altos, mas também da falta de hábito de financiar pelo cartão. O consumidor, muitas vezes, recorre a linhas de crédito pessoal com taxas até mais salgadas do que as praticadas pelas administradoras do meio de pagamento eletrônico. 'Temos observado que alguns bancos começaram a utilizar taxas diferenciadas para premiar um bom cliente, por exemplo', afirma Gastão Mattos, vice-presidente de Marketing da Visa do Brasil.

Na avaliação de Miltonleise Carreiro Filho, vice-presidente de Vendas e Comercial da Credicard S.A., o Brasil está aprendendo a trabalhar com cartão de crédito. 'Saímos de uma situação de inflação, quando as lojas não queriam nem olhar para o cartão, para um cenário de relativa estabilidade. Agora, é um processo de aprendizado com a nova perspectiva', afirma. Carreiro diz que nos Estados Unidos mais de 70% dos usuários de cartões financiam suas faturas.

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) trabalha com a expectativa de crescimento da indústria em torno de 35% este ano, fechando com volume entre R$ 50 bilhões e R$ 52 bilhões. Em número de cartões, o mercado possui hoje 29,7 milhões e deve fechar o ano com pouco acima deste total. 'Vamos incentivar a interiorização do cartão', diz Waldemar Petty Moutinho, presidente da Abecs. Ele diz que cidades do interior de São Paulo, além das regiões Norte e Sul do País, ainda têm baixa penetração de plásticos.

Pesquisa da Credicard S.A. sobre distribuição dos pagamentos por região aponta que na região Sul, 36% das despesas são pagas em dinheiro. Cartão de crédito e cheque ficam encostados, com 26% e 25%, respectivamente. Já na região Centro-Oeste, o cartão supera até o pagamento com dinheiro - 32% usa cartão contra 29% do dinheiro e 24%, cheque.

O novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que começa a vigorar em outubro deste ano, também vai acelerar a migração dos meios de pagamento. Um dos pontos principais é que o SPB busca eliminar o custo transacional de circulação dos cheques. 'Os próprio bancos vão incentivar o uso do cartão, principalmente a versão de débito', avalia Josino Garcia, sócio da Tchnology for Banking (TFB). Do lado das lojas, ele avalia que também ocorrerá preferência pelo cartão de débito, que efetua a transação on-line.

Josino Garcia acredita que o novo sistema poderá impulsionar a criação de produtos ou de novas funções para o cartão, como o débito automático pré-programado - uma espécie de cheque pré-datado - com ou sem garantia da instituição financeira.

Outra vantagem do SPB para o mercado de cartões, segundo Marcos Almeida, diretor-geral de Cartões do BankBoston, é que o sistema vai trazer agilidade para as operações a partir das transferências de valores em tempo real. 'O cliente vai fazer o pagamento da fatura e a liquidação é imediata. Com isso, ele restabelece os limites de crédito no mesmo momento', afirma.

A MasterCard está atenta a esse movimento no Brasil. 'O custo de aceitar um cheque por parte do estabelecimento vai subir. Será mais seguro fazer a transação com cartão', diz Roberto Puccetti, vice-presidente de marketing da bandeira. Gastão Mattos, da Visa, concorda e diz que os bancos estão empenhados em aumentar a automação e o cartão vai ganhar espaço nessa etapa.

As processadoras também acompanham o desenvolvimento e preparam-se para aumento da demanda. 'Acreditamos que o SPB vai estimular a substituição do cartão puramente bancário para a modalidade múltipla, com crédito e débito no mesmo plástico', avalia o vice-presidente do Grupo CSU, João Carlos Matias. A TecBan (Tecnologia Bancária) tem discutido com os bancos parceiros a mudança de regras, a partir da implementação do SPB. 'Com certeza, vão surgir oportunidades de novos negócios. Ainda estamos avaliando', diz Rogério Penteado Proença, diretor de Marketing e Negócios da TecBan.

Antes que o SBP comece a funcionar, as bandeiras vão procurando alternativas para aumentar a base de cartões e promover a ativação dos plásticos já emitidos. O vice-presidente da Visa para a região da América Latina e Caribe, Mário Mello, diz que o conceito do cartão pré-pago será bastante difundido pela empresa no Brasil, que acaba de lançar um produto exclusivo para o público adolescente. 'É uma oportunidade de atingir uma população que ainda não teve acesso ao crédito ou mesmo que não tem conta corrente', afirma.

O Bradesco, que vem apostando na segmentação do mercado, está buscando soluções para ter uma penetração mais forte nas classes C e D. Pesquisa da Credicard mostra que na classe C observa-se o maior uso do dinheiro em detrimento de outros meios de pagamento - 47% ante 30% do cartão de crédito e 11%, cheque. Já na classe A, 31% usa mais o cartão, seguido do dinheiro (30%) e cheque (25%). 'O cartão de débito pode ser um primeiro passo nessa direção', diz Sidnei Nascimento, diretor do Bradesco Cartões (ver matéria na pág.8). Ele acredita que o cartão múltiplo é a tendência do mercado até por reduzir o custo total do plástico.

Empresas como a Orbitall, que fazem processamento de cartões, também buscam novos segmentos. A processadora está entrando na área de voucher - tíquetes alimentação, combustível, farmácia, por exemplo. 'As companhias estão substituindo o papel pelo plástico para racionalizar o processo', afirma Paulo Gerber, vice-presidente comercial da Orbitall. Ele estima o potencial do mercado, apenas no segmento de alimentação, acima de 2 milhões de usuários, com volume entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões.

A CSU CardSystem tem reforçado suas parcerias no segmento de cartões private label (os cartões emitidos por lojas). 'É o tipo de produto que dá escala e, com isso, pode praticar taxas mais baixas', diz Wanderval Alencar, diretor-executivo da CardSystem.

Na outra ponta, bancos que trabalham com público classe A também buscam aumentar o nível de utilização de seus cartões. O BankBoston, depois de desenvolver pesquisa para identificar o interesse de seus clientes, lançou um programa de fidelização próprio. Os gastos feitos nos cartões das três bandeiras com as quais o banco trabalha - Visa, MasterCard e American Express - contam milhas que podem ser trocadas por passagens em 16 companhias aéreas em um único programa.

A base do BankBoston é de 500 mil cartões. No programa de recompensas, cada US$ 1,00 gasto é convertido em uma milha. 'Observamos um aumento de 10% no volume de negócios desde que lançamos do programa de recompensas', diz Marcos Almeida, diretor-geral do Cartões BankBoston. (Relatório/Páginas 1 e 4) (Anahi Guedes)

2. DINHEIRO DE PLÁSTICO É A FORMA DE PAGAMENTO PREFERIDA PELO BRASILEIRO

Nova rodada da pesquisa Target Group Index, do IBOPE Mídia, revela que 41% da população usa cartão de débito e crédito - FONTE: IBOPE - 20/05/2005

Dora Câmara, diretora comercial do IBOPE Mídia, apresentou a agências de publicidade e clientes do instituto de pesquisa alguns dados do mais recente Target Group Index, estudo do IBOPE Mídia focado em hábitos de consumo e comportamento.

Entre as informações divulgadas, foi revelada a forma como o brasileiro paga suas compras. O dinheiro de plástico já é o mais utilizado. Somando-se as respostas que apontam cartão de crédito (24%) e/ou de débito (17%), a porcentagem chega a 41%. O uso de cheque é apontado por 18% da população.

Perfil do público

A classe AB é a que mais usa as três formas de pagamento. Em relação à faixa etária, o cartão de crédito é preferido por pessoas de 25 a 34 anos (26%) e de 35 a 44 anos (27%). Já o cartão de débito é muito utilizado entre pessoas de 25 a 34 anos (27%). Talões de cheque são escolhidos pelo público de 35 a 44 anos.

"Em relação à freqüência, o cartão de crédito é utilizado mais de uma vez por semana por 26% das pessoas", apontou Dora Câmara. Este índice é maior no sexo masculino (59%), na classe AB (66%) e entre pessoas com idade de 35 a 44 anos (28%). O público feminino é maior (58%) quando o uso passa a ser de duas a três vezes por mês (25% do total). Neste caso, a faixa etária das mulheres também fica entre 35 e 44 anos (29%).

O cartão de crédito é a forma mais utilizada no pagamento de despesas com combustível (28%), compras de mercado (47%), compras viainternet (11%) e assinatura de revistas e jornais (15%).

Já o cartão de débito é utilizado mais de uma vez por semana por 36% da população, por 71% da classe AB, e por 27% das pessoas entre 25 e 34 anos.

3. DINHEIRO DE PLÁSTICO PODE AJUDAR MPES A VENDER MAIS

Fonte: SEBRAE-SP - Publicado no Diário de São Paulo - Caderno Negócios - O Espaço do Empreendedor - Apoio Sebrae-SP - Autora: Sandra Motta - 30/04/2006

Consultores financeiros destacam que, apesar das taxas ainda pesarem, opção reduz calote no negócio e pode aquecer vendas em até 20% ou 30%

Trabalhar com os meios eletrônicos de pagamento, sobretudo cartões de crédito e de débito, torna-se cada vez mais uma necessidade para as micro e pequenas empresas (MPEs) do varejo - apesar de muitos empresários ainda não terem incorporado esses mecanismos por medo dos custos e das taxas cobradas pelas operadoras.

" As taxas e os custos do aluguel de equipamentos realmente precisam ser levados em conta antes da decisão do lojista de aderir aos cartões. Mas é preciso avaliar a alternativa o quanto antes. Seja como forma de ampliar as vendas, de controlar melhor a inadimplência e até para não perder clientes para a concorrência", diz o consultor de finanças do SebraeSP, Rosendo de Sousa Júnior.

Uma dica do consultor para os donos de pequenos negócios é, antes de qualquer decisão, fazer uma pesquisa junto aos seus clientes, para saber até onde eles desejam ter o dinheiro de plástico entre as opções de pagamento.

"Se fizer uma pesquisa, perguntando ao cliente se gostaria de poder pagar com cartão, o lojista já terá uma idéia da receptividade dos consumidores em sua região e ramo de negócio. Ele deve tentar, ainda, ter noção do quanto a incorporação desse mecanismo, acrescentado aos pagamentos com dinheiro ou cheque, poderá incrementar suas vendas."

Sousa destaca que é um equívoco do lojista abordar a questão considerando apenas o aumento das despesas financeiras. "Se é certo que pagará taxas às administradoras sobre as vendas e gastará com o aluguel do equipamento, o lojista também deverá ter um aumento das vendas e do faturamento.
Além disso, sobre essas vendas, não terá perdas com inadimplência, pois o risco do calote passa a ser das administradoras dos cartões".

Custo X benefício

Ter clareza da relação custo X beneficio na adesão aos cartões é fundamental para a tomada de decisão do lojista, segundo Boanerges Ramos Freire, sócio da Boanerges e Cia., consultoria especializada em varejo financeiro. "Uma boa estratégia com cartão pode significar ampliação de até 20% ou 30% nas vendas", analisa.

Para ele, a maioria das empresas sabe que não ter o dinheiro de plástico como opção significa perder vendas ou clientes. Acredito que as que resistem ou são informais, e portanto não conseguem contratar uma administradora, ou têm faturamento e produtos de valor unitário baixos, tipo lojas de R$ 1,99, para as quais os custos das operações realmente podem acabar pesando mais".

Boanerges lembra que o aluguel dos equipamentos para operações de crédito e débito hoje varia entre R$ 70 e R$ 90 por mês. Já as taxas de administração dependem muito de negociação, do volume de vendas e do ramo de atividade. Em segmentos que vendem muito, como os supermercados, uma grande rede pode ter taxas abaixo de 1% sobre as operações no cartão de crédito, enquanto uma pequena mercearia pode pagar até 4% ou 5%. Na média, a taxa ficaria em torno de 3 %, e nos cartões de débito, perto de 1,5%. "Cada empresário terá de pesquisar taxas e se perguntar o quanto elas pesariam sobre seu negócio. E considerar que não ter o plástico pode significar perder vendas e clientela".



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